QUAL
O CAMINHO DO PSB: WALDEZ OU DALVA?
Paulo Matos*
A resposta
a essa pergunta só é difícil para a liderança
do PSB que internalizou para si os excessos que aconteceram durante a
campanha do 1º turno, coisa que não é aconselhável
fazer, pois agora o que está em jogo não são os egos
feridos e sim os rumos que deve tomar o Estado.
Sou da opinião que muitas das decisões tomadas pela governadora
Dalva não seriam diferentes se quem estivesse a frente do governo
fosse uma candidatura pessebista. É bem verdade que houve alguns
excessos, mas isso faz parte do jogo político onde, muitas das
vezes, o passional acaba superando o racional.
Ao analisarmos a situação colocando quais são os
atenuantes que podem levar o PSB a fazer uma aliança com um partido
que passou sete anos desqualificando o Programa de Desenvolvimento Sustentável
do Amapá (PDSA), entre outras questões. Podemos verificar
que esses atenuantes inexistem, o que existem são apenas agravantes.
Pelo lado petista, apesar dos agravantes surgidos durante as eleições
no primeiro turno, o número de atenuantes é muito maior
e é esse saldo positivo que leva o PT a ter a preferência
na aliança. Têm-se que sentar e aparar as arestas e ter em
mente que o que está em jogo é a governabilidade do Estado.
Eu não consigo visualizar o senador eleito João Capiberibe,
juntamente com os novos deputados do PSB ao lado de parlamentares pedetistas
envolvidos em denúncias de desvio do dinheiro da Assembléia
Legislativa, o que ocasionou, inclusive, uma tentativa de impeachment
do então governador, por parte do grupo que tem como sustentação
toda a bancada do PDT, isso para citar apenas um exemplo.
Como o PSB pode declarar apoio a um candidato que, na condição
de presidente do diretório regional do PDT, em nenhum momento cobrou
um posicionamento de seus deputados sobre as acusações dirigidas
ao seu partido, que é a maior bancada na AL e faz parte da mesa
Diretora.
Portanto, diante dessas e outras questões, a resposta da pergunta
que dá título a esse artigo acaba não sendo difícil
de responder, basta que o compromisso político do PSB, seja superior
a certas questões que teimam em ser levadas para o campo pessoal.
* Sociólogo
([email protected])
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