Implantação de programa voltado à panificação
é tema de reunião no Amapá
Técnicos do Sebrae Nacional, Minas Gerais, Propan e Amapá
buscam nivelar informações para que se iniciem atividades
no setor com consultorias e treinamentos.
Denyse Quintas
Nesta
quarta-feira, 26, às 9h, o Sebrae reuniu técnicos qualificados
na área de panificação para iniciar a implantação
do Programa de Apoio à Panificação (Propan) no
Amapá.
O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, Alberto Góes,
lembrou que o Amapá já tem identidade gastronômica,
a partir de um trabalho que a equipe da instituição desenvolve
com muita competência, junto à Abrasel nos projetos nacional
Brasil Sabor e, local, Amapá Sabor, que gerou um conceito e identidade
gastronômica para o Estado. “Em 2007, com o Festival Gastronômico
realizado no Mercado Central, a repercussão foi tão positiva
que os proprietários de panificadoras perceberam a oportunidade
de negócio e questionaram o porquê das padarias ainda não
estarem neste contexto de regionalidade”, relata.
Para a coordenadora Nacional da Carteira de Alimentos e Bebidas do
Sistema Sebrae, Regina Diniz, no planejamento para 2008/2009 foi aprovado
orçamento de R$ 2 milhões para investir no setor. “É
um programa novo que iniciou no Sebrae Nacional, em 2005, atendia apenas
cinco estados, e está crescendo muito em número de adesões
estaduais e projetos. Tivemos a grata surpresa de inserir o Norte do
país com o Acre, Tocantins e o Amapá”, disse.
O Programa de Apoio à Panificação (Propan) oferece
às padarias consultorias e treinamentos, organizados pelo Instituto
Tecnológico da Panificação e Confeitaria (ITPC).
Estabeleceu algumas metas a serem cumpridas a médio e longo prazo.
Uma delas é capacitar 10 mil panificadoras em todo o país,
a outra é fazer com que as panificadoras conquistem novos consumidores,
fidelizem os que possuem e tenham um crescimento no percentual de lucratividade.
Oferece, também, informações e orientações
aos empresários, de modo a aperfeiçoar e tornar mais eficaz
a administração de panificadoras como: forma mais eficiente
de eliminar desperdícios, como padronizar os processos produtivos,
melhoria na qualidade do atendimento, gestão de pessoas, gerenciamento
de produção e otimização de vendas.
De acordo com o idealizador do Programa de Apoio à Panificação
(Propan), Márcio Rodrigues, é preciso despertar no empresariado
local todas as possibilidades de transformar o seu produto regional
com diferencial num grande negócio. “O empresário
deve buscar a vocação dentro do negócio para ter
um melhor aproveitamento das oportunidades no mercado e ter visão
mais ampla”, informa.
O presidente Alberto Góes lembra quando percorreu toda a Região
Norte na época em que era membro da equipe do Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia e Manaus (INPA), e que desenvolveu dentro
da área de Tecnologia de Alimentos técnicas de aproveitamento
da pupunha, produzindo a farinha e, posteriormente, bolo e tapioquinha
amarela. “Isso tem ganhos em termos de sabor, qualidade e nutrientes
com diferencial. Hoje, se toma um café em Manaus com a identidade
do lugar. É o que queremos fazer no Amapá, agregar às
nossas frutas, os ingredientes típicos do Estado e até
mesmo fontes de amido próprio para marcar o nosso lugar”,
finaliza.
Estiveram envolvidos nesse primeiro contato para a implantação
do Programa de Panificação do Amapá o presidente
do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae, Alberto Góes, diretor
superintendente, João Carlos Alvarenga, coordenadora Nacional
da Carteira de Alimentos e Bebidas do Sistema Sebrae, Regina Diniz,
gerente da Unidade de Indústria, Isana Figueiredo, as técnicas,
Juliana Orseti, Nelma Pires, Renê Barbosa e o idealizador do Programa
de Apoio à Panificação (Propan), Márcio
Rodrigues.
Para dar uma nova visão das panificadoras frente ao público,
o Propan oferece Certificados de Qualidade, de acordo com o grau de
aperfeiçoamento por elas atingido.
Informações podem ser obtidas pelos endereços
eletrônicos: www.propan.com.br; e-mail: [email protected]