Polícia instaura inquérito para investigar morte
de fraudador da Sudam
A Polícia Civil de Chapada dos Guimarães (69 km ao Norte
de Cuiabá) abriu inquérito para investigar as causas da
morte do empresário José Osmar Borges, cujo corpo foi
encontrado hoje de manhã em um tapete de luxo por funcionários
em sua mansão. Ao lado dele, conforme o Olhar Direto já
informou, foram encontrados um bilhete e resíduos de veneno de
rato que deixam mais fortes as evidências de suicídio.
No papel, o maior fraudador da extinta Superintendência de Desenvolvimento
da Amazônia (Sudam) escreveu: “A dor é muito grande.
Não deu”. A polícia foi acionada por volta das 12h.
Um filho do empresário disse que o pai estava depressivo nos
últimos dias. A dor, citada por Borges no bilhete, é uma
referência ao estado de saúde dele, que sofria de câncer
no cérebro e passou por uma cirurgia há cerca de 15 dias.
Apesar dos indícios de suicídio, o responsável
pelas investigações, delegado João Bosco Ribeiro
(foto), prefere esperar o resultado da perícia. “Tudo vai
depender do resultado da perícia. Os laudos que irão direcionar
o rumo das investigações”, disse.
O corpo do empresário passa por uma necropsia no Instituto Médico
Legal de Chapada e o material recolhido na casa dele foi encaminhado
à perícia. Ainda segundo o delegado, a casa do empresário
não foi arrombada e não há sinais de roubo de objetos.
Osmar Borges e o ex-governador do Pará e deputado federal Jáder
Barbalho (PMDB) foram acusados de aplicar golpes milionários
na Sudam. Estima-se que eles tenham desviado R$ 133 milhões.
Segundo informações do Ministério Público
Federal (MPF), a dupla fazia parte de um grupo formada por outras 40
pessoas que desviou R$ 1,2 bilhão. Na época, Borges foi
indiciado por formação de quadrilha, falsificação
de documentos e crime contra o sistema financeiro.
(www.olhardireto.com.br)
Da Redação