Governo
tenta liberar R$ 45 milhões
para obras em rodovias no Estado
O governador
Waldez Góes (PDT) pediu o apoio da bancada parlamentar federal
do Amapá para que juntos, tentem a liberação dos
recursos do Orçamento da União para a obra de pavimentação
da BR 156.
No final
do ano passado, por esforço da bancada, foram empenhados cerca
de R$ 15 milhões para a rodovia. Desse montante R$ 13,5 milhões
foram incluídos no Orçamento de 2003.
Além
desses recursos, o Governo do Amapá aguarda ainda o repasse de
mais R$ 25 milhões que virão do Ministério dos Transportes
e mais R$ 6,5 milhões da Comissão de Relações
Exteriores da Presidência da República, para construção
da ponte que ligará Oiapoque a cidade Sait-George, na Guiana Francesa.
Somados, os recursos federais disponíveis para o Amapá este
ano chegam ao montante de R$ 45 milhões.
“Se
conseguirmos a liberação de todo esse dinheiro que está
previsto para o Estado, o governo terá como realizar obras significativas
na BR 156. Por isso necessitamos do apoio de cada deputado federal, de
cada senador amapaense que está em Brasília para que os
recursos cheguem ao Estado”, justifica.
Há
ainda as compensações oriundas da criação
do Parque das Montanhas do Tumucumaque que também beneficiam as
rodovias federais no Estado.
O parque
foi criado no final do ano passado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso,
e ficou acordado com o governo amapaense que serão disponibilizados
recurso para a pavimentação do trecho sul da BR 156 (que
vai até Laranjal do Jarí) e também para a BR 210
(Perimetral Norte), que liga Macapá a Serra do Navio.
As duas obras
continuam em prioridade de projetos desde dezembro do ano passado, mas
o governador Waldez Góes acredita ser possível liberar o
dinheiro para conclusão dos projetos ainda este ano. “Com
os projetos em mãos, teríamos como incluir as duas obras
no Orçamento da União de 2004”, vislumbra o governador.
Waldez Góes
também tentará conseguir os recursos necessários
para a construção de duas pontes em Mazagão —
uma sobre o rio Matapi e outra sobre o rio Vila Nova. Ambas devem apresentar
custos acima de R$ 10 milhões e a verba poderá vir da Suframa
(Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia).
“A
rodovia do Mazagão é uma estrada estadual, mas no momento
o Estado não dispõe de recursos para construir as pontes.
E como as obras serão executadas em um trecho de uma rodovia que
não é federal, não temos como conseguir esse dinheiro
com a União. A alternativa é buscar outras fontes. Uma delas
é a Suframa a outra são os próprios recursos do Estado.
Só que na condição que estamos, não dá
para sonhar este ano ou até mesmo no ano que vem, com o Estado
disponibilizando recursos para a construção de uma das pontes”,
adianta.
Mas a obra
mais ousada que o governo pretende iniciar ainda este ano, é a
construção da ponte que fará a ligação
terrestres do município de Vitória a Laranjal do Jarí.
Localizado no extremo sul do Amapá, Vitória do Jarí
é o único município amapaense que não tem
ligação terrestre com o Estado. Ele é separado pelo
rio Cajari.
“É
um transtorno muito grande pra quem mora em Vitória ter que sair
ou chegar no município. Quem chega, por exemplo, tem que primeiro
ir primeiro para Laranjal do Jari, atravessar para Monte Dourado, pegar
um carro até Munguba para depois atravessar pra Vitória.
É um transtorno muito grande. Por isso essa obra tem um significado
social muito grande”, reconhece.
Joel Elias
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