|
|
Discurso
do Deputado Federal ANTONIO NOGUEIRA
na Sessão do dia 13 / 05 / 2003.
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Parlamentares.
Venho
hoje a esta tribuna parabenizar o governo do Presidente Lula pela iniciativa
de integrar o País através de investimentos fora do eixo
Sul e Sudeste.
A reunião do Presidente Lula com os governadores do Norte do País
no dia 9 de maio no estado do Acre, foi uma demonstração
clara de que muita coisa vai mudar neste governo.
Pela primeira vez nossa região está sendo vista e tratada
com a importância que tem para o País, principalmente nos
aspectos econômico, turístico e social.
O Presidente assumiu compromisso na liberação de recursos
na ordem de 227 milhões de reais para o desenvolvimento dos Estados
amazônicos. O dinheiro será liberado através do Banco
da Amazônia tendo como objetivo dar início aos financiamentos
de projetos de desenvolvimento da região.
O recurso é proveniente do Fundo Constitucional do Norte, que tem
1 bilhão de reais para serem investidos em projetos que visem desenvolvimento
e geração de emprego e trabalho para a população.
É, sem dúvida, Senhor Presidente e nobres parlamentares,
uma nova relação do governo federal com os Estados e o fim
da centralização. O Presidente Lula caracterizou esta ação
como o início de uma nova era. E será, se todos juntos,
Parlamentares e Poder Executivo, trabalharmos em prol da região.
O Amapá, Senhor Presidente, Caros Colegas, é o Estado mais
preservado da região norte, e detentor de uma riqueza natural imensa,
capaz de proporcionar com esses investimentos, melhor qualidade de vida
à nossa população.
Não podemos ficar de fora da onda de desenvolvimento pela qual
o país deve passar, e sim lutar para levar cada vez mais recursos
que possibilitem, transformar em realidade os projetos de desenvolvimento
para a região.
Senhor Presidente, registro neste momento também, a importância
da assinatura de 3 acordos entre o governo federal e os governos dos Estados
da região Norte para criar na Amazônia assentamentos florestais,
um modelo de reforma agrária específico para a região,
que visa preservar o meio ambiente e explorar os recursos naturais típicos
dos Estados. O Banco da Amazônia (Basa) vai finalmente atender aos
nossos anseios e necessidades sendo um instrumento de apoio à região
para termos um programa de desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Registro ainda que não nos interessa um desenvolvimento que destrua
nossas florestas, queremos sim, crescer. Toda a região Norte anseia
por isso, falo em especial pelo meu Estado, o Amapá, mas queremos
ações pensadas, planejadas, que possam alcançar êxito
sem que mais tarde a população lamente pela destruição
do meio ambiente. Com a tecnologia que o Brasil possui hoje, é
possível prever um crescimento econômico na região
Norte sem prejuízos para o meio ambiente. E é essa minha
grande preocupação, mas estou certo de que o governo federal
vai estar atento à exploração dos recursos naturais
da Amazônia com responsabilidade junto às gerações
futuras.
Era isso o que tinha a dizer, Senhor Presidente. Muito obrigado!
|
|
 |
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
|
|