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ABRAM
ALAS QUE A FAVELA VEM AÍ
Campeã
do carnaval-2003, Maracatu da Favela deu início esta semana aos
ensaios na sede da Ubma. Os ensaios acontecem de segunda a sexta-feira
das 20h às 22h30. "Não é um ensaio. É
um show", diz o diretor de bateria Riba da Favela. Nos primeiros
dias a bateria - que é composta de 200 ritmistas - começou
a afinar ouvindo o samba em CD. Desde ontem, quinta-
feira, se integraram aos ensaios os intérpretes Tysson Tiassu e
Dani. Na próxima semana, Cafu, Bosquinho e Fabinho - que completam
o time de intérpretes - também estarão ensaiando.
Com o enredo "Maracatu é garantido num carnaval caprichoso",
a escola levará para a avenida 15 alas, além das alas de
baiana, de passistas e sambistas, comissão de frente e velha guarda.
Cada ala terá no mínimo 80 e no máximo 120 componentes.
UM
POUCO DA HISTÓRIA DA VERDE-ROSA
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Maracatu da Favela foi fundado
no dia 5 de julho de 1947, mas só dez anos depois, em 15 de dezembro
de 1957 a escola foi registrada em cartório.
Desde sua fundação, a Verde-Rosa é tida como uma
das escolas de mais alto astral do carnaval amapaense, pois no balanço
da Favela a alegria é geral. É a mesma alegria que estava
nos requebros de Maria, a melhor sambista que o carnaval amapaense já
teve. E Maria é verde-rosa.
Entre seus fundadores destacam-se os nomes de Vagalume, Gertrudes, Pinheirense,
as filhas da Generosa e velho Peres (Luzia, Domingas, Esmerilda, Lelé),
Manoel Souza, Cadico, Biló, Raimunda Mendes, Carioca, Zeca Serra,
Heitor de Azevedo Picanço, Cândido e Geraldo.
Maracatu participou praticamente de todas as batalhas de confetes que
aconteceram em Macapá. Da década de 70 - quando surgiram
os concursos oficiais de escolas de samba - até agora, a verde-rosa
conquistou sete títulos de campeã, sendo seis no primeiro
grupo e um no segundo. O primeiro foi em 1976, com o enredo "Samba
no Esplendor da Natureza". Dois anos depois - contando a história
de "Mãe Luzia" sagrava-se mais uma vez campeã.
Em 1983, com o enredo "Faz de conta que é verdade", veio
o terceiro título e o quarto foi conquistado em 1985 com o enredo
"Como será o amanhã?". Em 1995, atravessando uma
séria crise, Maracatu da Favela caiu para o segundo grupo. Mas
logo no ano seguinte, homenageando o poeta e compositor Osmar Junior,
a Favela voltou a mostrar toda sua alegria e gingado tornando-se campeã
do segundo grupo, o que lhe deu o direito de voltar ao primeiro grupo,
conquistando mais dois títulos de campeã: um em 1999 (O
bicho vai pegar) e o outro em 2003 (Nem tudo que amarela é ouro)
e três vezes o título de vice-campeã (1998, 2000 e
2002 com os enredos "Quem viver verá", "A viagem
de uma linda loura gostosa e suada" e "Cantos da Favela").
Alcinéa
Cavalcante
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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