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Programas
de artesanato ajudam a criar identidade para jóias alternativas
amapaenses
Os joalheiros recebem cursos de capacitação que ajudam
a criar peças de acordo com a cultura Amapaense.
*Kleber Soares
Os Programas de Artesanato e Via design, desenvolvidos pelo Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae - no Amapá,
têm como objetivo auxiliar os artesão amapaenses na divulgação
e comercialização de suas peças. Os joalheiros amapaenses
produzem peças com matéria-prima regional aliada a metais
preciosos (ouro, prata). Sementes típicas da região como
Muru - Muru, Naja e Tucumã são utilizadas para confeccionar
pingentes, anéis, pulseiras, brincos e broches. Os técnicos
do Programa SEBRAE de Consultoria Tecnológica - SEBRAETEC foram
convidados para analisar o produto e, a partir dessa análise, surgiu
a idéia de se fazer uma consultoria de designer.
O programa atende 45 artesões das comunidades do Maruanum, Mazagão
Velho e Vila do Coração, no Estado do Amapá. Os joalheiros
recebem cursos de capacitação gerencial, relações
interpessoais e atividade em design, que envolve consultoria de design
e melhorias de processos de produção e inovação
de produtos em função da demanda de mercado. Segundo o gestor
do projeto via design, Cristiano Sales, um dos objetivos do programa é
criar jóias com as características culturais do Estado do
Amapá.
A princípio, a necessidade dos artesões era a comercialização
dos produtos. Em abril deste ano, o Sebrae trouxe do Estado do Pará,
a designer Rosângela Gouveia que vem acompanhando os joalheiros
e fornecendo consultorias para a melhoria do processo de produção
e desenvolvimento de uma linha própria de jóias. As peças
possuem iconografias (símbolos) cunani e maracá, típicas
da região, feitas em ouro ou prata.
Em julho será iniciada a terceira etapa do projeto, que acompanhará
os resultados obtidos pelos empresários. O programa será
terminado via Sebraetec. "Nós estamos executando esse projeto
por que queremos incorporar grafismos da cultura maracá e cunani,
que são especificamente do Amapá, para dar uma identidade
ao produto a agregar valor através deste resgate, gerando uma linha
própria de artesanato" afirmou Cristiano Sales.
O joalheiro José Antônio, 53, produz diversas peças
com símbolos iconográficos em prata e ouro. As peças
custam entre 25 e 250 reais e, segundo ele, já foram vendidas em
20 países. "Estou buscando apoio para montar um mostruário.
Dessa forma, eu poderia enviar meu trabalho para representantes em outros
países", justifica. "Também preciso de máquinas
para a elaboração de meu catálogo". As máquinas
necessárias seriam uma micro retífica completa, um polidor
pequeno, um motor de suspensão e um laminador. Estes equipamentos
custariam cerca de 8.500 reais.
José Antonio diz que com os cursos fornecidos pelo Sebrae contribuíram
muito em seu empreendimento. "Hoje tenho uma visão do que
são as chamadas jóias alternativas. Os acabamentos estão
muito bons e tendem a melhorar com o término do curso", afirmou.
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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