CARTA AOS ESTUDANTES E A COMUNIDADE EM GERAL
VESTIBULAR 2008: APROVADO NO CONSU UM ESPAÇO ANTIDEMOCRATICO
ONDE PREVALECE A LEI DOS 70% .....
O Conselho superior da universidade é o local onde são
tomadas as mais importantes decisões a respeito dos rumos da
universidade e infelizmente a representatividade estudantil é
mínima. Segundo a lei 9192/95 os professores têm direito
a 70% de peso e os estudantes e técnicos apenas 15% cada. Lógica
que se mantém na reforma universitária do governo Lula.
Onde os estudantes foram duramente golpeados ,por esta atual administração
TAVARES que desde as administrações passadas mantém
a política antidemocrática e arbitraria dentro deste conselho,
onde foi discutido o molde do próximo vestibular 2008.
O vestibular vem com drásticas mudanças em sua estrutura.
Apesar da forte posição do movimento estudantil pela democratização
do acesso a universidade, a maioria do conselho votou pela modificação
do Vestibular 2008 nos moldes do modelo CESPE/UNB, ou seja, dificultando
ainda mais o acesso dos estudantes a esta Instituição,
desconsiderando o resultado dos últimos processos que ocorreram
na UNIFAP, onde SOBRARAM VAGAS, sendo que os principais afetados com
estas mudanças são os estudantes de escolas publicas.
Desta forma, estes poderão contribuir inconscientemente com a
privatização do ensino superior, uma vez que diante da
burocratização do acesso às universidades, irá
de imediato preencher uma fila “mais fácil” no PROUNI,
FIES e outros mecanismos nas privadas, fortalecendo ainda mais os tubarões
do ensino em relação à Universidade pública.
Não satisfeitos excluem ainda mais os estudantes
Não satisfeitos ainda votaram um processo diferenciado para
o Curso de Matemática, onde 150 alunos entrarão na universidade,
vivenciarão durante SEIS MESES a UNIFAP e depois serão
EXPULSOS, caso não atinjam a nota mínima em um novo processo
seletivo interno que ocorrerá segundo este novo modelo que é
embrião do projeto de UNIVERSIDADE NOVA. A justificativa usada
é que com esta medida pode combater-se a evasão neste
curso, o que responsabiliza unicamente o estudante por isto, não
levando em consideração os problemas crônicos desta
IFES, como a falta de professores, laboratório, falta de uma
política de assistência estudantil, não levando
em consideração as dificuldades sociais financeiras de
muitos de continuar seus estudos.
Por isso, o Movimento estudantil se contrapõe veementemente contra
este modelo adotado IRRESPONSAVELMENTE por esta atual administração
TAVARES-SUPERTI-CHELALA, agentes de Lula, pois vai à lógica
de implementação da REFORMA UNIVERSITARIA que tem como
principal objetivo sucatear e precarizar ainda mais as universidades
publicas.
UNIVERSIDADE NOVA: a face oculta da reforma universitária
O movimento estudantil hoje vive mais um momento de um “novo
projeto” do governo lula no pacote da reforma universitária.
O que é a Universidade Nova?
É um projeto que visa a implementação de bacharelados
interdisciplinares de três anos, onde todos estudariam em sala
de aula com 200 pessoas - um verdadeiro transtorno - e depois
deste período será feita uma prova seletiva onde só
os mais aptos passariam e aí sim fariam a graduação
completa. Quem não tiver neste grupo seleto, terá apenas
um diploma de curso pós-médio normal.
Este projeto de novo não tem nada, é um projeto da época
da ditadura militar e que serviria para o Governo Lula distribuir diplomas
que depois não capacitariam a maioria dos estudantes que ingressariam
na UNIVERSIDADE.
Vamos à luta, seguir o exemplo das lutas nacionais dos
estudantes!
O DCE está iniciando um grande movimento, arrecadando assinaturas
pela democratização do acesso a nossa universidade e contra
a precarização do Ensino com o projeto de UNIVERSIDADE
NOVA . Nossos exemplos são as vitoriosas mobilizações
estudantis que ocuparam reitorias em todo país e garantiram vitórias.
O que é o REUNI?
Reestruturação das Universidades Federais-REUNI uma verdadeira
afronta à autonomia universitária, pois obriga as universidades
a cumprirem com as metas estipuladas pelo governo, como um contrato
de gestão entre MEC e as IFE'S, condicionando o financiamento
das universidades ao cumprimento dessas metas. Na verdade esse projeto
está balizado na fórmula mágica do projeto universidade
nova, no que tange o aumento do número de alunos em relação
ao número de professores, não ampliação
do espaço físico das universidades, a questão crucial
do financiamento e da própria autonomia universitária.