Peixe pode
ser usado
na merenda escolar
Fonte: Radiobras
Link: www.radiobras.gov.br/
Brasília
- Para melhorar a qualidade e o valor nutricional da merenda escolar,
o governo quer incentivar uma nova prática na alimentação
dos estudantes utilizando o potencial de cada região. Entre os
alimentos está o peixe, que tem um alto valor nutricional e baixo
teor calórico. A gordura predominante no pescado é do
tipo insaturada, a chamada Omega 3, aquela que previne as doenças
do coração.
O peixe possui
também proteínas de primeira qualidade. Nas proteínas
é que são encontrado os aminoácidos, elemento fundamental
para o crescimento e desenvolvimento da criança, e ainda o triptosono,
substância essencial na formação do sangue.
O peixe também
é rico em vitamina "B", responsável por diversas
funções do organismo, e as vitaminas A e D muito importantes
na formação e no aproveitamento do cálcio.
A carne de peixe
tem também minerais como o fósforo, cobre o magnésio,
e ferro, e um destaque especial para o Iodo ,um substância muito
importante na prevenção do Bócio, o popular ''papo".
Segundo a nutricionista
e doutora da Universidade Federal do Pará, Railda Tuma, baseada
em experiências científicas, hoje o peixe é comprovadamente
um alimento funcional, considerado pelos médicos muito importante
na proteção à saúde do indivíduo.
Ela lembra que de acordo com estudos, as populações que
consomem peixes em grande quantidade, como é o caso dos japoneses
e dos esquimós, o índice de doenças cardiovasculares
é mínimo.
Pensando nas infinitas
propriedades do peixe e aproveitando o potencial de produção
da região, cerca de 900 alunos de uma escola Rondônia já
contam com o peixe no cardápio da merenda escolar. De acordo
com a doutora Railda, se uma criança em idade escolar consumir
uma porção de 100g a 150 gramas por dia já estará
prevenindo uma série de doenças.
"A costa brasileira
tem muito mais potencial de produção de peixes do que
a Argentina e Japão, e no entanto consome muito menos o alimento
de que os dois países," Ela atribui esse fato à falta
de políticas de incentivo ao consumo.
A nutricionista
Railda Tuma diz que para estimular um consumo maior de peixe no Brasil,
é preciso que haja uma mudança cultural. Para ela, a luta
entre as propagandas de fast food e um alimento saudável como
o peixe é desleal, porque a propaganda das comidas rápidas
são muito apelativas e se torna difícil vender o peixe.
"A mídia oferece a um adolescente ou a uma criança
uma batata frita de forma tendenciosa, então por um fator cultural
o consumo desses produtos tendem a crescer."
Preocupada com
o crescente número de crianças e adolescentes obesos que
consomem sanduíches, e aproveitando o potencial da região,
a Universidade Federal do Pará já está desenvolvendo
um hamburguer de peixe, que é mais vendável do que uma
moqueca, por exemplo, na tentativa de conquistar o gosto desses adolescentes..
A nutricionista
lembra que essa iniciativa só atenua os males que as comidas
com alto valor calórico, rica em carboidratos, e nenhum valor
nutricional, fazem à saúde. Mas que o ideal seria desenvolver
políticas e campanhas incentivando o consumo do peixe em grande
escala, mostrando o retorno que isso trará a saúde.
Cleide Lopes