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Como
foi a volta da música à Beira-rio
Maria Ely e
Rafael, Chico Terra, Naldo Maranhão, Sandra Lima e Nara Lima inauguram
ontem à noite em grande estilo a musica ao vivo nos quiosques da
Beira-rio. Além do público que vibrou com a volta dos artistas,
estiveram presentes jornalistas locais e franceses prestigiando e se deliciando
com a música e a brisa do rio Amazonas.
Estiveram
lá também os atores da companhia “Língua de
trapo” que estavam apresentando a peça “Bar Caboclo”
no teatro das Bacabeiras. Durante a apresentação de Chico
nos quiosques Maresias e Vou Vivendo, a atriz Sol do língua de
trapo deu uma canja lembrado os velhos bons tempos na Beira Rio, cantando
Negro Amor e Água na boca.
Entre
os jornalistas presentes, Hélio Nogueira da TV Tucuju, Alcinéa
Cavalcante da Assembléia Legislativa do Estado e o jornalista Frantz
Montoban do “Club de la presse de Guiane”, além de
outros jornalistas franceses, todos unânimes em aplaudir a iniciativa
dos artistas, donos de quiosques e da prefeitura de Macapá que
conjuntamente fizeram acontecer a música de alto nível no
ponto mais freqüentado da cidade. Alcinéa Cavalcante comprou
e presenteou um dos colegas franceses com um CD de Zé Miguel que
entre outros, dos demais artistas estavam sendo vendidos na praça.
A venda dos CD’s faz parte do projeto do fomento da música
local para financiar futuros projetos dos artistas. Um CD chamado “Beira-rio”
está sendo estudado para ser gravado pelos artistas que tocam lá.
A
noite transcorreu muito calma e sem nenhum incidente desagradável,
encerrou pontualmente às duas da manhã. Chico agradeceu
aos presentes, ao empresário Wanderler da Zero Grau e o músico
Leonam que cederam equipamentos de som, o batalhão ambiental da
PM que se fez presente fiscalizando e coibindo a presença dos carros
que costumavam encostar com sons altos e prometeu empenho em manter sempre
o alto nível da música que por si só já seleciona
os freqüentadores que ali estavam propiciando trabalho e a conseqüente
manutenção dos empregos e da auto-estima dos artistas confirmada
pela cantora Sandra Lima que declarou estar emocionada pela sua volta.
É conferir para comprovar, a Beira-rio espera você com muita
música.
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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