Eletronorte
Amapá reduz produção de energia
A capacidade de produção de energia foi reduzida pela Eletronorte
Amapá em função da paralisação da máquina
1, responsável por uma potência de 20 MW (Mega Watts). Com
isso, atualmente a empresa usa todos os equipamentos geradores de energia
e quase que o dobro de óleo diesel, o que representa aumento de
despesas.
De acordo com funcionários da empresa, a paralisação
é para ampliar a capacidade da máquina, que subirá
de 20 para 24 MW, e o tempo de manutenção, de aproximadamente
seis meses. A princípio a empresa resolveria o problema utilizando
uma turbina vapor da Usina Térmica do Rio Madeira da Termornorte
de Porto Velho (RO), mas uma explosão inviabilizou a transferência
do equipamento para Macapá.
Em ofício, o diretor-presidente da empresa, Roberto Garcia Salmeron,
disse que em função dessa explosão “...entendeu-se
que a transferência das três unidades geradoras da usina térmica
do rio Madeira, em Porto Velho - uma ia para o Amapá e duas para
o Amazonas - seja reavaliada suspendendo de imediato o processo de mobilização
das unidades, buscando novas alternativas para os sistemas de Macapá
e Manaus”.
Funcionários que trabalharam na Hidrelétrica de Coaracy
Nunes dizem que o comportamento atual da vazão do rio Araguari
é preocupante. É a menor dos últimos dez anos e que
se não chover - na cabeceira do rio nos próximos dias a
situação ficará ainda mais preocupante.
A Eletronorte dispõe de três turbinas geradoras na Hidrelétrica
- sendo que uma está paralisada -, além de sete geradores
próprios de energia e um independente. Em função
do verão - o que significar dizer aumento de consumo de energia
por parte da população - todos os equipamentos estão
sendo usados em sua capacidade máxima e já apresentam pequenos
problemas em seu sistema, do tipo vazamento de gases para dentro do cilindro,
alta temperatura e baixa pressão de água.
Os técnicos, por enquanto, descartam qualquer possibilidade de
racionamento, mas não revelam exatamente o que pode acontecer caso
um desses geradores alternativos de energia sofram uma pane, a exemplo
do que ocorreu no dia 19 de dezembro, quando uma explosão danificou
um gerador independente de energia fazendo que o Amapá ficasse
sem 20 MW de energia por mais de duas semanas.
Em maio termina o contrato com um produtor independe - responsável
pela produção de 20 megawatts - que foi contratado em caráter
emergencial para suprir essa demanda. Oficialmente a Eletronorte dispõem
de 161 megawatts e, no horário de pico, o consumo gira em torno
de 125, restando um reserva de algo em torno de 35 megawatts. Como a demanda
de energia cresce em torno de 9% ao ano, é necessário uma
solução definitiva e não de emergência para
atender à demanda de crescimento do Amapá, Sem isso, a implantação
de grandes indústrias ficam inviabilizados. Para os funcionários
da empresa é necessária solução técnica
urgente e confiável para suprir essa demanda em longo prazo. Do
contrário, o crescimento do Amapá, em termo de implantação
de grandes indústrias está comprometido.
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