Balcão
para negócios
sustentáveis é
apresentado no Amapá
Rica
em essência natural, a floresta Amazônica é hoje o
principal alvo dos exploradores que buscam na floresta o que há
mais nobre em matéria-prima. É de lá também
que saem a maior parte dos medicamentos naturais como a vela de andiroba,
desenvolvida por técnicos do Instituto de Estudo e Pesquisa do
Amapá (Iepa) para ser usada como repelente. Mas a exploração
desordenada acaba causando grande impacto ambiental que preocupa ambientalistas
ao que se refere a futuro da floresta.
Dentro
desse conceito, a ong Amigos da Terra - Amazônia Brasileira
está percorrendo toda extensão da Amazônia Legal para
apresentar projetos que promovem o uso sustentável dos produtos
florestais. O “Balcão de Serviços para Negócios
Sustentáveis”, nome do projeto, já passou pelos estados
do Acre, Amazonas e Mato Grosso e agora chega ao Amapá.
Segundo
Renata Brito, integrante da equipe técnica do projeto, a meta é
mostrar que é possível desenvolver investimentos de pequenos
e médios portes sem causar grandes danos a mata. “O que queremos
é apresentar aos empresários e até instituições
propostas de serviços e negócios na Amazônia de uma
forma integrada tornando-os economicamente viáveis e socialmente
sustentáveis”, explicou.
Outra
proposta defendida é quanto à preservação
da floresta. “O nosso trabalho vai mais além de disso e buscamos
conscientizar as pessoas dos riscos que as queimadas podem ocasionar quando
feito de forma desordenada, principalmente para as comunidades que vivem
isoladas. Dentro desse conjunto de proposta, contribuímos ainda
para a formulação e acompanhamento de políticas públicas”,
disse.
Amapá
O
uso sustentável dos produtos da floresta já faz parte das
políticas públicas do Estado. Em oito anos, o Amapá,
através dos produtos da floresta, passou a industrializar o óleo
da castanha, biscoito da castanha, farinha de mandioca, sabonetes, remédios
entre outros produtos.
Durante
a apresentação, Renata Brito expôs diversas formas
de como é possível fazer uso da floresta sem causar fortes
impactos ambientais. Mostrou também o valor de se investir nesse
tipo de mercado. “Podemos fazer disso um grande negócio sem
ter de investir muito e ainda conseguir obter um bom retorno”, garantiu.
Mas
para que isso ocorra, diz ela, é preciso que haja investimento
e incentivo por parte dos governos Estadual e Municipal. “Não
adianta chegarmos aqui apresentar isso ou aquilo se não há
interesse por parte dos governos. É preciso que exista uma integração
entre Estado e município, pois só assim será possível
desenvolver esse tipo de trabalho e o Amapá está bem adiantado
nesse sentido”.
O
projeto
A
ong Amigos da Terra - Amazônia Brasileira existe a mais de
10 anos no Brasil e sempre atuou na promoção do uso sustentável
dos produtos florestas, na prevenção do fogo, no atendimento
a comunidade isolada e na formulação e acompanhamento de
políticas públicas. A entidade faz parte de Amigos da Terra
Internacional, rede de entidades ambientalistas, sem fins lucrativos,
reconhecida pelas Nações Unidas, com atuação
em 68 países.
“Esse
trabalho teve início em dezembro do ano passado e já está
sendo executado em alguns estados da Amazônia Legal como no Acre
e Mato Grosso, e acreditamos que vamos conseguir ampliar esse mercado
dando maior valor à preservação de nossas florestas”,
disse, ressaltando que depois do Amapá, a próxima parada
será no Pará. De lá segue para Rondônia e encerra
em Roraima.
Serviço:
Sebrae
no Amapá: (96) 214-1427
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