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Deputado
Randolfe devolve pagamento de 19 mil
Pouca gente tem conhecimento disso, mas cada deputado
estadual amapaense recebe 19 mil reais do Poder Executivo pela convocação
de período de atividades extraordinárias na Assembléia
Legislativa. É o equivalente a dois salários de um parlamentar
estadual, que hoje recebe mensalmente 9.540 reais. Em atitude inédita,
o deputado Randolfe Rodrigues (PT/AP) devolverá aos cofres públicos
os 19 mil que lhe cabem pela convocação feita pelo governo
do Amapá pelo período de 20 de janeiro a 14 de fevereiro
para a apreciação de uma extensa pauta do Executivo.
A convocação do governo se baseia no artigo 100, parágrafo
4º, inciso II e parágrafo 5º da Constituição
Estadual, que prevê os casos em que a AL pode ser convocada extraordinariamente,
mas Randolfe acredita que não havia necessidade da convocação,
pois guardada a devida importância da pauta, ela poderia ser analisada
depois do dia 14 de fevereiro, quando acaba o período de recesso
parlamentar. "É um gasto desnecessário do governo
do Estado. O conjunto de 24 deputados estaduais receberá por
volta de meio milhão de reais, são dois salários
a mais pela convocação e dispensa de convocação,
enquanto um trabalhador comum recebe apenas 20% do seu salário
pelas horas extras", enfatiza Randolfe.
O período extraordinário deverá deliberar sobre
a criação do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher,
instituição da Fundação Tumucumaque para
Conservação da Biodoversidade do Amapá, autorização
ao poder Executivo para contratação de empréstimo
junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e junto ao Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento, definição
dos Precatórios de Pequeno Valor, entre outros Projetos de Lei.
O deputado protocolou na AL no dia 29 de janeiro uma emenda constitucional
e um projeto de resolução que pretendem reduzir o recesso
parlamentar de 90 para 47 dias anuais. Os parlamentos só funcionam
nove meses por ano, e os longos períodos de recesso muitas vezes
acabam exigindo as convocações extraordinárias.
Segundo Randolfe, o Congresso Nacional - onde seis deputados do Partido
dos Trabalhadores renunciaram ao pagamento da convocação
- também está propondo um debate sobre a questão.
No Amapá, Randolfe Rodrigues foi o único a tomar esta
atitude.
A proposta de Randolfe é que a Casa Legislativa se reúna
independentemente de convocação, ordinariamente, de 06
de janeiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 20 de dezembro, o
que amplia em mais de um mês os trabalhos da AL. "Um dos
aspectos mais positivos da proposta é a redução
dos gastos que representam para o Erário as convocações
extraordinárias, o que atualmente no Amapá tem causado
enorme desgaste à Assembléia", conclui o deputado.
ADESÃO
No final da edição desta matéria, tivemos a informação
de que o deputado Ruy Smith, PSB, também havia aderido ao movimento
iniciado por Randolfe, contrário ao pagamento dos "extras"
aos parlamentares.
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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