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I
Encontro Gastronômico do Amapá
traz chefs de renome internacional
O evento denominado "A Cozinha do Meio do mundo" vem valorizar
as iguarias e a cultura do Estado.
Elainne Juarez
Poder inovar na preparação de pratos mesmo utilizando ingredientes
do dia a dia, é uma ótima solução para cozinheiros
e apreciadores da boa mesa. Tendo frutas e peixes característicos
da região Amazônica como principais elementos na composição
do cardápio, o I Encontro Gastronômico do Amapá, conta
com a presença dos 'chefs' Paulo Martins, do restaurante "Lá
em Casa", de Belém/PA, e Alex Atala, do restaurante D.O.M.
de São Paulo.
Com a iniciativa do Sebrae/AP (Serviço de Apoio às Micro
e Pequenas Empresas) o evento "A Cozinha do Meio do Mundo",
será composto por aulas e degustações, acontecendo
nos dias 31/08 e 01/09, no monumento do Marco Zero do Equador.
"Aumentar o mix de produtos dos restaurantes, com o uso de ingredientes
regionais, aliados a produtos sofisticados, capacitando chefs e cozinheiros
com o repasse de novas técnicas para a confecção
de novos pratos, são alguns dos objetivos do evento", disse
a técnica da Unidade de Mercado do Sebrae, Isana Figueiredo.
Durante as aulas práticas, cada um dos chefs irá preparar
dois cardápios, totalizando a apresentação de quatro
entradas, quatro pratos principais e quatro sobremesas.
Alguns dos ingredientes a serem utilizados são: palmito amazônico,
cogumelos, tucupi, jambu, ervas da horta e da floresta, leite de castanha,
queijo de búfala; na combinação de pato, camarão
pitu e regional, peixes como dourada, tambaqui e pirarucu. Além
das frutas banana, maracujá, tangerina, bacuri, cupuaçu
e açaí.
Uma presença já confirmada, como chef local convidado,
é a do deputado Lucas Barreto, também amante da culinária.
E para marcar o encerramento do encontro, os participantes irão
desfrutar de um jantar feito exclusivamente pelos chefs Paulo Martins
e Alex Atala.
O evento tem como público-alvo os participantes do Projeto Orla
(Projeto de Capacitação de Restaurantes e Serviços
de Alimentação da Orla de Macapá) desenvolvido pelo
Sebrae, e empresários dos setores de bares, restaurantes e buffet´s.
As inscrições para o I Encontro Gastronômico do Amapá
podem ser feitas até 25/08, custando R$ 150,00. Estão disponíveis
100 vagas. Haverá desconto na inscrição para as empresas
que colocarem a partir de dois participantes.
"CHEFS"
Alex Atala - Inaugurou seu próprio restaurante, "Na Mesa",
em 1999 e foi eleito pela revista Veja como melhor restaurante de cozinha
rápida.
No final de 1999, inaugurou o Restaurante D.O.M., em São Paulo,
de cozinha sofisticada e bela decoração. Com esse estabelecimento
mostrou através da personalidade única da comida contemporânea
a sua criatividade e competência. Em 2000 e 2001, o Chef e seu restaurante
foram premiados pela melhor revista gastronômica do Brasil, Gula,
como o melhor Chef e o melhor restaurante contemporâneo.
Em setembro de 2001 foi premiado também pela revista Veja como
melhor restaurante de cozinha contemporânea. Ainda em 2001, no mês
de novembro foi convidado para realizar um festival de gastronomia brasileira
no restaurante "Payard Pastisserie e Bistrô" em Nova Iorque.
Em 2002 recebeu uma estrela no Guia quatro rodas.
Paulo Martins - Proprietário e chef do restaurante especializado
em cozinha regional, o "Lá em Casa" acabou ganhando destaque
nacional e internacional com reportagens em jornais como: New York Times,
Maire Claire e Paris Match, na França; na Itália através
da Nuova Coccina, bem como no Japão na Prime Garden. Criou e promoveu
o "Ver-o-Peso da cozinha Paraense", que já está
na sua 4ª versão. Como divulgador da culinária paraense
Paulo Martins é convidado a participar de vários eventos
gastronômicos pelo Brasil. Só este ano já participou
de vários eventos cozinhando, como: no Gula de Design em São
Paulo, 2ª Folia Gastronômica de Paraty, Festival da Boa Lembrança
no restaurante Amadeus em São Paulo, Festival de gastronomia de
Tiradentes.
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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