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Terrap prepara
regularização
de terras em
Calçoene e Ilha de Santana
Até o dia 28 deste mês, técnicos do Instituto de
Terras do Amapá (TERRAP) realizam na Ilha de Santana, vários
serviços de inspeção e procedimentos legais com
o objetivo de regularizar ou encaminhar situações fundiárias
naquela região. Segundo Paulo César da Silva Gonçalves,
diretor-presidente do TERRAP, o trabalho iniciado dia 14 deste mês,
vai desde reuniões com as comunidades; resolução
de litígios existentes; formalização de processos
das ocupações já existentes; atendimento de requerimentos
solicitados por agricultores, definindo os limites de posse; levantamento
das estradas e picos existentes até a realização
de trabalhos de georeferenciamento da Ilha de Santana.
O diretor
disse, ainda, que as atividades incluem o levantamento ocupacional das
áreas urbana e rural, com uso de GPS estacionário; estudo
de viabilidade para criação de projeto de assentamento;
implantação de marcos geodésicos e definição
do perímetro urbano da Ilha de Santana.
O trabalho, segundo
o diretor, prevê a abertura de picos, subsidiando ainda a criação
de um projeto de assentamento “casulo” ou atribuir tal tarefa
aos técnicos da Prefeitura de Santana, a fim de que a Prefeitura
proceda a regularização definitiva daquelas terras. Na
Ilha de Santana, será feito ainda o perícia judicial nas
empresas Samasa (Santana Madeireira S.A) e Madesa (Indústria
Madeireira de Santana Ltda).
De 23 à 29
deste mês, os técnicos do TERRAP estarão no Assentamento
Mutum, no município de Calçoene. A área possui
7 mil hectares, com 50 famílias assentadas. A proposta é
trabalhar a elaboração do Plano de Desenvolvimento de
Assentamento - PDA, do Projeto de Assentamento Mutum, envolvendo
instituições como Incra, Secretaria de Estado da Educação
(Seed), Prefeitura de Calçoene, Companhia de Eletricidade do
Amapá (CEA) e o Conselho de Desenvolvimento Rural de Calçoene.
Neste período serão levantadas as principais necessidades
do projeto como infra-estruturas de escolas, posto médico, demarcação
de perímetro e parcelas, tratamento de água, eletricidade
rural, abertura de estradas vicinais, ponte, passarelas. Segundo Paulo
César todas as atividades contarão com a participação
das comunidades locais.
EDY WILSON SILVA
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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