Governo
federal vai
liberar recursos para
a Ouvidoria de Polícia
O Amapá vai receber do governo federal recursos de R$ 3,3 milhões
para investimento em segurança. Desse total, R$ 2,1 milhões
serão repassados por meio de três convênios assinados
nesta segunda-feira pelo governador do Amapá Waldez Góes
e o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos no Palácio
do Setentrião.
Os recursos serão utilizados para a aquisição de
mobiliário e equipamentos de áudio-visual e de informática
para implementação dos serviços da Ouvidoria de Polícia
além de compra de equipamentos e contratação de serviços
de telecomunicação para a implantação do Central
Integrada de Comunicação reunindo as operações
do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar da Polícia Civil
e da Polícia Técnica, onde toda a demanda das ocorrências
públicas dando maior velocidade para as soluções.
Há recursos também para a construção de um
novo Ciosp, cujo local ainda está em fase de definição.
“A organização que o Estado tem alcançado
na área de segurança social implantando uma política
de melhoria de recursos humanos e na construção de infra-estrutura
de segurança, tem feito do Amapá um parceiro importante
do governo federal. A vinda do ministro da Justiça confirma o sucesso
do nosso plano de governo nesse setor, e esses convênios consolidam
a cada dia essa parceria”, disse Góes.
O governador Waldez Góes pediu apoio à emenda parlamentar
que garante tratamento diferenciado aos ribeirinhos da Amazônia
que utilizam armas como instrumento de subsistência. A emenda que
muda o Estatuto do Desarmamento apresentada pela deputada federal acreana
Perpétua Almeida, será relatada na Câmara dos Deputados
pelo deputado Coronel Alves, da bancada do Amapá.
“Nossa preocupação é não fazer injustiça
preservando principalmente a questão social”, afirmou. Bastos
disse que a emenda terá o apoio do governo federal orientando que
o Comitê Estadual do Desarmamento atue no sentido de regularizar
as armas da população que vive na floresta e nas beiras
dos rios e não criminalizando essas situações.
Em reunião de trabalho com a equipe de governo e entidades civis
como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o ministro da Justiça
pediu que o emprenho da sociedade civil do Amapá para reforçar
a campanha do desarmamento. Thomaz Bastos sugeriu que a OAB encabece o
mais rápido possível a criação do Comitê
Popular do Desarmamento dar maior dinâmica à campanha no
Estado.
O Amapá ocupa o 26º lugar em números absolutos no
ranking dos Estados, com 325 armas recolhidas e o 14º em números
proporcionais, segundo números do Ministério da Justiça.
“O Amapá não está mal, mas também não
está ótimo. Com o comitê queremos que o Estado dê
este salto”, disse Thomaz Bastos.
O presidente da OAB Amapá, Washington Caldas, afirmou que num
prazo máximo de uma semana o comitê deverá ser criado
acatando a sugestão do governador para que inclua as igrejas do
Estado entre as instituições prioritárias na parceria
da campanha do desarmamento.
Desde 15 de julho, quando teve início a campanha, a Polícia
Federal já arrecadou mais de 163 mil armas em todo o País.
A meta do governo é chegar a 200 mil unidades até 23 de
dezembro. O ministro confirmo porém, que na próxima quarta-feira
vai propor ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a prorrogação
da campanha por pelo menos mais seis meses.
Os convênios foram assiandos também diretor da Polícia
Federal, Paulo Lacerda e Luiz Fernando Correa, secretário Nacional
de segurança pública.
Gilberto Ubaiara
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