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Programa
de Lula criou só um emprego
Folha de São
Paulo
MARTA
SALOMON
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Lançado
em 30 de junho de 2003 e sancionado em outubro pelo presidente Luiz Inácio
Lula da Silva como uma das prioridades de seu mandato, o programa Primeiro
Emprego pretende obter vagas para 250 mil jovens até o final de
2004. Mas conseguiu criar -e pagar- por ora um único emprego.
O Siafi (sistema informatizado de acompanhamento de gastos federais) registrou
até a manhã da última quinta-feira o pagamento de
apenas uma parcela de R$ 200 do incentivo anual de R$ 600 ou R$ 1.200
(dependendo do tamanho da empresa) que o programa repassa aos que contratarem,
por no mínimo um ano, jovens entre 16 e 24 anos de famílias
pobres e sem ensino médio completo.
O depósito beneficiou um restaurante de culinária italiana
em Salvador (BA). Chama-se Renison Santos Freire, 21, o jovem contratado
como copeiro pelo Primeiro Emprego. Recebe um salário mínimo.
A maior parte do dinheiro gasto nos primeiros dois meses e meio do ano
foi consumida em diárias de viagens e passagens, ou seja, na administração
do programa. O total não chega perto de 0,01% dos R$ 189,1 milhões
destinados ao Primeiro Emprego pelo Orçamento da União de
2004.
"Estamos só no início, não dá para fazer
uma avaliação ainda, e as dificuldades serão corrigidas
nos próximos dias por meio de medida provisória", anunciou
o secretário de Políticas Públicas de Emprego, Remígio
Todeschini. Apesar de lançado em junho passado, o programa só
foi aprovado em outubro pelo Senado.
A proposta de medida provisória encaminhada pelo Ministério
do Trabalho ao Palácio do Planalto prevê aumentar os estímulos
aos empresários que aderirem ao programa. O governo estuda facilitar
as contratações e suavizar o compromisso formal exigido
dos empresários de manter o número de empregados no período
de pelo menos um ano.
O aumento do valor do subsídio também não está
descartado.
Empresas estatais também deverão ser autorizadas a participar.
Segundo Todeschini, "a idéia é simplificar o programa
e gerar atratividade maior para os empresários". As mudanças
devem ser anunciadas por Lula e o ministro Ricardo Berzoini (Trabalho)
ainda nesta semana.
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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