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Governo
do Estado apresenta avanços na produção rural
Como parte do programa estruturante de fortalecimento e revitalização
das comunidades produtivas e vocações regionais, o Instituto
de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) chegou a assistir durante
o ano de 2004 um total de 11.506 produtores rurais e 374 comunidades produtivas
e financiou 2.149 projetos de crédito ao produtor rural.
Integrado à estrutura da Secretaria de Estado da Agricultura,
Pesca, Floresta e Abastecimento (Seaf), o Rurap é uma autarquia
estadual da administração indireta do Estado, com autonomia
administrativa e financeira, criado pelo Decreto nº 0122, localizado
na rodovia BR-156, km 2.
Na atual gestão, conseguiu incorporar novos métodos, procedimentos
e técnicas de organização do processo produtivo,
fato que possibilitou maior produtividade a agregação de
valor do fruto do trabalho da família rural.
Com o apoio do Rurap, os produtores rurais obtiveram melhor processo
de organização, estímulo que motivou processos progressivos
de parcerias.
Comparando passado e presente, José Florenço Corrêa
de Matos (diretor executivo), junto com sua equipe técnica, são
da opinião de que ocorreu significativo avanço no serviço
de extensão rural. “A missão do Rurap é implementar,
na prática e com resultados visíveis, a política
de desenvolvimento rural do Estado através dos serviços
de assistência técnica e extensão rural aos pequenos
produtores, assim como da ação articulada junto a toda a
cadeia produtiva do setor, visando promover as condições
de sustentabilidade alimentar e sócio-econômica do Amapá”.
Herança de governo passado, os poucos escritórios-sede
do Rurap localizados nos municípios, encontrados em estado de deteriorização
e abandonados, atualmente possuem nova estrutura física. As regionais
hoje constituem um elo de ligação entre a comunidade, sede
local (escritório) e diretoria executiva do Rurap. “As regionais
são o assessoramento e o apoio logístico às atividades
de assistência técnica e extensão rural”, classifica
José Florenço.
Após a revitalização de toda a sua estrutura financeira,
física e operacional, o Rurap tornou-se mais empreendedor na execução
de suas ações e projetos e conseguiu, por exemplo, dar um
salto na produção de arroz de 1.762 toneladas, apuradas
em 2002, para 3.338 toneladas, registradas em 2004. A mandioca obteve
um salto expressivo de 12.042 toneladas (2002) para 23.567 toneladas registradas
em 2004.
Na opinião de técnicos do setor e produtores rurais, a
produção de abacaxi, banana, cupuaçu e laranja tiveram
evolução considerável na produção e
na comercialização após incentivos, orientação
técnica e principalmente organização e revitalização
de festivais tradicionalmente importantes como o do cupuaçu, realizado
em Serra do Navio, e do abacaxi, organizado em Porto Grande.
Atualmente, o instituto assiste 105 associações, 5 cooperativas,
35 grupos de produtores rurais, 2 conselhos comunitários, 2 federações
e 16 sindicatos.
O Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap), projeto de lei
transformado em realidade por iniciativa do então deputado Waldez
Góes, tem sido um instrumento legal impulsionador da agropecuária
local com incentivos positivos aos clientes da extensão rural.
Através de suas sedes locais, com o apoio da Gerência de
Dinamização de Crédito, elaborou 2.149 projetos para
financiamento a produtores rurais, envolvendo recursos na ordem de R$
6.117.958, 18 milhões. Em 2002, o Rurap financiou apenas 600 projetos
de crédito de apoio ao produtor rural.
Ultimamente, o Rurap vem proporcionando a capacitação das
comunidades rurais. São ações práticas envolvendo
todos os que estão inseridos nas diversas cadeias produtivas que
compõe o agro-negócio (apicultura, manejo de açaizais,
cultivo orgânico de hortaliças, embutidos e defumados, fabricação
de farinha e agroindústria rural caseira).
Diante do exigente mercado consumidor, vem promovendo o desenvolvimento
da agricultura familiar. Capacita pessoas através da aplicação
de conhecimentos tecnológicos a fim de que todos tornem-se competentes
e eficientes na gestão de sua propriedade. Promove também
qualificação profissional para desempenho nas áreas
de associativismo e cooperativismo, cultivo orgânico, oleoricultura,
fruticultura tropical, utilização de equipamento GPS, crédito
rural, prática pedagógica e permacultura.
O apoio integral do governo em diversas atividades produtivas, vem conseguindo
considerável avanço organizacional e sócio-econômico
para o crescimento dos festivais do Cupuaçu (Serra do Navio), Milho
e Inajá (Macapá), Mandioca (Itaubal, Mazagão e Santa
Luzia), Abacaxi (Porto Grande), Açaí (Santana), Pirarucu
(Cutias), Tucunaré (Pracuúba) e do Caranguejo (Calçoene).
Durante a realização da 41ª Expofeira do Amapá,
o stand do Rurap apresentou grandes diversidades. O sítio demonstrativo
foi uma das grandes atrações, com mini-usinas implantadas,
casas de farinha mecanizadas e manuais, compotas regionais, frutos, sorvetes
e cremes da terra e licores.
Na avaliação de José Florenço, “todos
estes resultados positivos não seriam possíveis sem o apoio
e o empenho do governador Waldez Góes, preocupado com o desenvolvimento
vocacional da agricultura, da pesca e da pecuária, por exemplo.
Sem a execução de investimentos em infra-estrutura física
e operacional, em transportes, pessoal, informática, material permanente
e de consumo, não teríamos este balanço positivo”.
As 22 sedes regionais sofreram profundas reformas estruturais, de adaptação
e ampliação. Todas estão equipadas com computadores
de última geração, interligados em rede.
Toda esta estrutura possibilitou o sucesso do Programa de Mecanização
e Calcário e a consolidação do Programa de Reforma
Agrária no Amapá, inexistente anos atrás.
Convênio firmado com o Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), na ordem de R$ 152.000,00, garantiu
ao Rurap a prestação de uma assistência técnica
mais efetiva, com a integração das famílias assentadas
no processo produtivo do Estado.
Em termos de ações beneficiárias, o Rurap conseguiu
viabilizar 1.456 documentações de caráter rural,
apoiou a funcionalidade de 345 hortas domiciliares, efetivou 5.720 ações
de difusão de tecnologias agropecuárias, organizou 2.300
organizações de produtores e da produção,
profissionalizou 325 produtores, realizou apoio à produção
de 58 mudas e efetuou 138 atividades de apoio à agroindústria
rural caseira. Promoveu 186 cursos de educação ambiental
e 356 de bem estar social e realizou 7.837 atividades de orientação
no preparo de área e comercialização.
Do quadro de pessoal ativo pertencente ao serviço de extensão
rural, 17% encontram-se lotados na sede central e 83% estão permanentemente
no campo.
Com o objetivo de incrementar a produção de grãos,
o governo orçou R$ 391.453,00 para o incremento na produção
de arroz, feijão e milho, por tonelada. A meta é atingir,
por quadrimestre, de 3 mil a 4.400 toneladas, dependendo das condições
favoráveis da safra.
WELLINGTON SILVA
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Matinta-perêra
Mulher velha que percorre distâncias à noite. Se afasta
se alguém disser que lhe dará um pedaço de rolo de
fumo. De manha ela vai buscar.
Cuíra
Diz-se de inquieto, ansioso,impaciente. Daquele que não agüenta
a espera de alguma coisa que vai acontecer
Titica
Cipó muito usado para a fabricação de móveis.
Chegou à beira da extinção.
Perau
Lugar perigoso do rio. Parte mais funda, onde o rio "não
dá pé".
Timbó
Um tipo de veneno usado para matar peixes. Bate-se a planta na água,
e o veneno se espalha. sem contrôle, mata.
Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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