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Semana
da Consciência Negra
abre com
espetáculo da Guiana Francesa
A abertura
oficial da Semana da Consciência Negra do Amapá, que ocorrerá
de 15 a 23 deste mês, em Macapá, contará com a participação
de 16 artistas de Caiena, integrantes da “Companhia de Dança
Adami Julie ” e da Companhia de Dança Amapaense Afro Baraka.
A abertura da programação ocorrerá na sexta-feira,
no Teatro das Bacabeiras, a partir das 20h. O espetáculo denominado
“Jolia”, foi extraído do livro de contos do escritor
guianense Michel Lohier. A amapaense Piedade Videira, coreógrafa
e coordenadora geral do Grupo Baraka, será a protagonista do espetáculo.
O VII Encontro
dos Tambores 2002, terá início no dia 18, na sede da União
dos Negros do Amapá (UNA), no Laguinho. O evento também
contará com a presença das duas companhias de dança
e apresentação de um show de música com artistas
locais. Até o final da programação, dia 23, as atrações
se concentrarão todas na sede da UNA.
ATRAÇÕES
A programação religiosa afro amapaense acontecerá
no dia 19, com apresentação de grupos de umbanda e candomblé,
exposições de livros, jogos de cartas, búzios, entre
outros. No dia 20, haverá a Missa dos Quilombos. Dias 21 e 22,
pelo menos 28 Comunidades Negras estarão se apresentando no local.
Os grupos se apresentarão a noite. Pela manhã, haverá
os chamados Fóruns de Discussão Sobre a Realidade Sócio-Econômica
e Política do Amapá. O horário da tarde será
preenchido com a realização de oficinas temáticas.
No dia 23, o encerramento da programação, também
será marcado com a exibição de grupos de candomblé,
marabaixo, batuque, entre outros ritmos.
PRECONCEITO
Piedade Videira,
admite que apesar dos esforços dos grupos que trabalham em defesa
do negro, o preconceito racial, o racismo ainda é muito latente
na sociedade amapaense. Piedade, que é policial militar, também
admite que o preconceito, aliado ao machismo, pesa muito mais contra as
mulheres negras. Todavia, Piedade, entende que houveram muitos avanços
para diminuir tais bairrismos. “O avanço se deu a partir
do momento em nós tiramos a mascará, tiramos a venda. Existe
o racismo sim no país, no Amapá, mas em escala bem menor”.
O Instituto de Mulheres Negras do Amapá (IMENA), segundo Piedade,
é um dos grandes responsáveis pelo avanço e organização
do segmento negro no Estado. O nosso objetivo, esclarece Piedade, é
mostrar que o negro tem os mesmos direitos e deveres que qualquer outro
cidadão, independentemente de cor da pele e condição
social. “Não existe nenhuma etnia superior ou inferior a
outra. Queremos garantir a equidade, as mesmas oportunidades, respeitar
e sermos respeitados” observou.
EDY WILSON
SILVA
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Catinga
de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada. |
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