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ORM
decide fechar
o Liberal Amapá
O jornal
"O Liberal Amapá "que há quatro anos circula
diariamente no Estado, vai encerrar suas atividades no próximo
dia 28. A decisão da empresa foi comunicda aos funcionários
e ao Sindicato dos Jorbalistas, que emitiu hoje seguinte nota oficial:
"Na última quinta-feira, 21, a direção do
Jornal O Liberal Amapá informou ao Sindicato dos Jornalistas
a decisão das Organizações Rômulo Maiorana,
com sede em Belém (PA), em encerrar as atividades no Estado em
28 de abril. A partir desta data o jornal O Liberal Amapá deixará
de circular e a redação que reúne mais de 30 profissionais
será fechada. Logo após o anúncio todos os funcionários
foram chamados para assinarem os termos de "aviso prévio
de demissão", numa demonstração de que a decisão
é irreversível.
A explicação dada ao Sindjor e aos profissinais foi de
que o fechamento do jornal no Amapá, que circula como diário
há quatro anos, se deve ao fato da decisão do gerente
Rubens Onetti em retornar para Belém em definitivo. As ORM, que
tem estrutura eminentemente familiar, não teria nenhum nome de
confiança para assumir os destinos dos negócios no Estado,
optando por encerrar suas atividades em trinta dias. Vale lembrar que
Rubens Onetti é membro da família Maiorana.
Sem entrar no mérito, porque buscamos ainda as verdadeiras motivações
para a decisão já que é difícil aceitar
justificativa tão simplista, o fechamento da empresa traz muitos
prejuízos. Para a categoria porque a redução do
mercado trará no seu bojo a precarização das relações
de trabalho já aviltadas por um setor em crise. Para a sociedade
que fica sem mais uma opção de acesso público à
informação e tendo reduzido os espaços para o exercício
do princípio democrático da pluralidade de opiniões
o que limita as opções de formação da opinião
pública.
Diante da informação da empresa de que há grupos
interessados na compra da infra-estrutura do jornal, os jornalistas
estão tentando construir uma alternativa se colocando diante
de um grande desafio: Assumir o controle do jornal através de
uma cooperativa de jornalistas e construir um veículo orientado
pelos princípios de independência e respeito à diversidade
de opiniões onde o único compromisso seja com o leitor.
"Um jornal cheio de
vida, que se proponha a desvendar esse Estado escondido de sí
mesmo que é o Amapá", como definiram com entusiamo.
O Sindjor juntamente com uma comissão de funcionários
da empresa, já conseguiu alguns compromissos: 1- A preferência
de compra 2 - o projeto gráfico - que será repassado integralmente
com a mudança apenas do nome 3- a garantia de que o jornal continuará
sendo impresso no complexo industrial
gráfico de O Liberal em Belém. Para levar o projeto adiante
todos estão conscientes de que é preciso novas posturas,
informações e discernimento sobre todo o processo, e para
isso estão buscando parceiros para orientação e
treinamento como o Sebrae-AP e a Oceap.
Para a idéia dar certo é preciso o apoio de toda a categoria.
A
solidariedade é primordial neste momento. Sugestões, alternativas,
parcerias, idéias, são aguardadas para uma definição
"pé no chão" do que fazer.
É bom lembrar: boa parte dos problemas se posiciona na falta
de uma mobilização e da inércia dos profissionais
que são bons soldados das causas alheias, mas não sabem
brigar pelos seus direitos. As maiores aliadas das empresas, nos últimos
anos, têm sido a acomodação e a pequena participação
dos jornalistas nas discussões.
Trabalho, dignidade profissional e justiça para todos".
A Diretoria
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Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada.
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