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Juiz viaja no tempo e dá
sentença quatro dias
antes de receber o processo
Os 'patrocinadores
do caos" na visão da governadora Dalva Figueiredo, PT, são
as pessoas interessadas em impedir que os servidores do extinto Ipesap
sejam admitidos no quadro de funcionários do Estado. Mas a referência
ao caos, feita hoje pela manhã durante um discurso em Laranjal
do Jari tem muito a ver, também, como as decisões que
a Justiça está adotando diante das ações
impetradas pelo advogado João Guerreiro.
Então vejamos: na ação que chegou às suas
mãos, o juiz Raimundo Valles em princípio tirou o emprego
de todo mundo, depois voltou atrás, felizmente, e manteve o emprego
e os salários negando a transposição. Mais adiante,
num pedido de informações do Governo do estado, o desembargador
Carmo Antônio negou o pedido, manteve a decisão do juiz
e disse ao presidente da Associação de Servidores do extinto
Ipesap, - e não se sabe como pode existir uma associação
de um órgão extinto - que estava garantindo o emprego
e os salários. Mas ontem tocou o "samba do crioulo doido",
quando outro magistrado, o juiz Constantino Brahuna, decidiu em uma
outra ação, não só negar a transposição,
como também tirar o emprego e os salários dos trabalhadores..
Mais complicada que isso foi a descoberta feita pela Procuradoria Geral
de Justiça do Estado, segundo a qual o juiz Brahuna conseguiu
dar uma sentença quatro dias antes de receber o processo. Está
escrito: o juiz recebeu a ação no dia 20 de maio de 2002
quatro dias depois de ter dado a sentença, o que aconteceu no
dia 26 de maior de 2002. Como ninguém acredita que ele tenha
decifrado segredo da viagem ao passado descrita pelo escritor JJ Benitez,
a Procuradoria vai mesmo é recorrer da decisão esperando
que a sentença seja reformada.
Um dos argumentos é uma decisão anterior do mesmo juiz,
quando julgava a demissão de um servidor do Ipesap. Ele decidiu
à favor do servidor, argumentando que a demissão só
poderia acontecer segundo o que manda a legislação que
rege o servidor público. Agora ele teria mudado de opinião.
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Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada.
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