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"Navegaço"
em Manaus abre
Caravana
em defesa da Amaz6onia
Um ato sobre o rio Amazonas deu início ontem em Manaus (AM) à
Caravana em Defesa das Águas e dos Povos da Amazônia, evento
que continua hoje com manifestações públicas e
debates sobre a região e seus potenciais com o objetivo de inserir
o assunto na agenda dos candidatos à Presidência da República.
Três sub-caravanas provenientes de seis estados se encontraram
no Porto de Manaus e seguiram em ao Encontro das Águas dos rios
Negro e Solimões. Era o "navegaço", primeira
parte da Caravana, que será encerrada hoje com debates na Universidade
da Amazônia.
O navegaço foi encerrado no final da tarde, quando 13 dos cerca
de 30 barcos formaram uma roda no local em que os rios se encontram.
De mãos dadas, as cerca de 800 pessoas ouviram rápidos
discursos políticos e entoaram o refrão do Fórum
Social Mundial, que diz "Um outro mundo é possível
se a gente quiser". Em seguida, cantaram o Hino Nacional. A Caravana,
organizada pela CUT, CPT, ONGs ambientalistas e entidades indígenas,
teve seqüência por terra em atos públicos e shows
musicais à noite.
"Muita gente fala em Amazônia, biodiversidade e desenvolvimento
sem ouvir as populações locais. Este evento é uma
demonstração da necessidade de participação
desses povos nas discussões sobre desenvolvimento social e econômico
includente", afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores
(CUT), João Felício.
Ele será um dos expositores da conferência principal do
evento intitulada "A importância da Amazônia no contexto
internacional", que acontece às 14h. Felício defenderá
a atenção e o respeito às culturas locais como
requisitos para a definição de um modelo de desenvolvimento
econômico baseado no conceito de "emprego sustentável".
Com ele debaterão o senador Jefferson Péres (PDT-AM),
a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e o técnico do Instituto
Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), Mário Barros.
Antes, a partir das 9h, seis oficinas simultâneas abordarão
biodiversidade; energia e transporte; cidades sustentáveis; gênero,
etnias e povos da Amazônia; matrizes de financiamento; e violência
e impunidade. (Informes ).
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Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada.
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