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Peças
indígenas estarão
expostas no Equinócio
O artesanato
indígena, que conquistou a capital do design, Milão, tem
uma grande oportunidade de expandir sua cultura conquistando novos espaços.
Esta é uma das razões que levou a Associação
dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu) a participar do VI Equinócio,
uma rodada de negócio internacional, promovido pelo Sebrae (Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) do Amapá de 12 a
17 de novembro.
No início deste semestre, a Apitu exportou cerca de 22 peças
para Milão.
Peças como sumuri (cestaria Apalai/Waiana), bolsa (tribo Apalai/Waiana)
e Ingaçaba (Maruanum), todas feitas com matéria-prima indígena
como tala de arumã, barra caripé, semente de mará-mará
e fibra de karawã.
Elas fazem parte de um conjunto de peças trabalhadas pelos 80 artesãos
que estarão expondo seus produtos durante o Equinócio. Essa
é a primeira vez que um produto do artesanato indígena fará
parte deste evento.
Outra que deve ganhar destaque é a marchetaria, uma espécie
de artesanato feito de pequenos pedaços de madeira. Um trabalho
que já conquistou o mercado das regiões Sul e Sudeste. E
a próxima meta será a de entrar no exigente mercado internacional,
principalmente no europeu.
"Já conseguimos emplacar nossos produtos em todo o estado,
agora queremos comercializá-los na Europa e esse passo pode começar
a partir da realização do Equinócio, onde participam
os principais países compradores como Estados Unidos, México,
Itália e Espanha", disse a artesã Maria Santos, lembrando
que essa abertura pode ser ainda mais facilitada em função
da participação dos moveleiros na feira internacional de
Monterrey, no México. "É hora de tirarmos proveito
de tudo".
Setor
moveleiro e madeireiro ganham ênfase com o Equinócio
Durante cinco dias Macapá transforma-se na capital internacional
das micro, pequenas e médias empresas com a realização
do Equinócio, maior rodada de negócio, versão 2002,
que começa no dia 12 de novembro com ênfase para o setor
madeireiro/moveleiro. A previsão é que este ano o número
de
empresários participantes e visitantes chegue a 160, o dobro do
ano passado, 80. O evento tem apoio do Sebrae/AP (Serviço de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas), da Agência de Promoção
de Exportações (Apex) e do governo do Estado e encerra no
dia 17.
O Equinócio está caminhando para o sexto ano e tem como
meta promover as exportações brasileiras, principalmente
às dos estados da região norte, facilitando a negociação
entre os empresários brasileiros e estrangeiros interessados em
produtos do setor moveleiro, madeireiro e do artesanato.
A exemplo do que aconteceu em 2000 e 2001, a diretoria do Sebrae tornou
a setorizar o evento em função do crescimento que esse segmento
está conseguindo. Além disso, os empresários da região
norte estão melhorando o desenvolvimento do setor e isso também
foi levado em consideração.
A evolução e a importância do Equinócio para
os micro e pequenos empresários podem ser observadas pelos números
acumulados ao longo desses anos. Nos últimos três anos, o
volume de negócio fechado entre os empresários da região
norte com os de outros estados e até mesmo com os de fora do país
ultrapassou a casa dos R$ 30 milhões. Para este ano, a expectativa
da comissão organizadora chegue a R$ 20 milhões.
Até o momento 125 empresários confirmaram participação
no evento. Desse total 20 são estrangeiras, entre eles estão
dos principais países compradores como da Espanha, Canadá,
Itália, Estados Unidos e México. Dos estados da região
Norte que confirmaram participação, o Pará é
o com maior número de empresários, 22.
Negócio
Dentro do equinócio acontecem programações paralelas.
Os empresários vão poder participar das rodadas de negócios,
da feira de móveis e artesanato, da 2ª Reunião dos
Presidentes dos Sindicatos dos Moveleiros e Madeireiros da Amazônia
e da clínica tecnológica.
A rodada de negócios é um evento de curta duração
no qual as empresas brasileiras exportadoras serão colocadas frente
a frente em uma mesa de negociação individual, em horários
previamente agendados, com empresas importadoras estrangeiras de médio
e grande porte, da Europa, América e Caribe.
Nesse jogo, as empresas brasileiras interessadas em comprar produtos derivados
da madeira tropical como móveis, portas, janelas, componentes,
partes, peças, artefatos, casas pré-fabricadas, pisos e
forros também participam da rodada de negócios.
Cada rodada tem duração de 30 minutos, com apoio de intérpretes
e assessoria de consultores especializados em comércio exterior.
Serviço
Sebrae no Amapá: (96) 214-1435
[Sandala Barros]
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Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada.
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