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Safra
de camarão e mel
do
Bailique
começa a ser comercializada
A política
do Governo do Estado para incentivar as pequenas indústrias no
Amapá, tem gerado
oportunidades de mercado à cooperativas e associações,
que hoje gerenciam indústrias recém-inauguradas pela Secretaria
da Indústria, Comércio e Mineração (Seicom).
A fábrica de beneficiamento de camarão, na Ilha de Itamatatuba,
no Arquipélago do Bailique tem em estoque uma tonelada de camarão
pronta para ir às prateleiras dos supermercados. A produção
estimada do produto por mês é de duas toneladas. A safra
do camarão começa geralmente em maio e vai até janeiro.
O projeto
emprega diretamente 18 trabalhadores.
Garibalde
dos Santos Barbosa, atual presidente da Cooperativa Mista dos Produtores
do Bailique (COMPAB), garante que a industrialização da
produção obedece aos padrões de higiene e qualidade
na manipulação de alimentos exigidos pelo Departamento de
Vigilância Sanitária. O pessoal que trabalha com a
manipulação do camarão, usa luvas e uniformes padronizados,
explica.
A indústria
de camarão dispõe de equipamentos incluindo mesa de lavagem,
câmaras frigoríficas e embalador à vácuo. Os
trabalhadores receberam treinamento gerencial, de higiene e manipulação.
Os cursos foram oferecidos por técnicos da Seicom e do Instituto
Tecnológico e Cientifico do Amapá (IEPA).
O camarão
fabricado pela COMPAB, é comercializado a R$ 4,50 o quilo. Desde
a inauguração a cooperativa vendeu uma tonelada do produto
aos supermercados Santa Lúcia, Bom Vizinho, Casa das Carnes, Mercantil
Perpétuo Socorro, Econômico e Mercantil Flexa, o último
em Santana. A validade do camarão produzido no Bailique é
de um ano.
MEL
O mel de abelha, segundo Garibalde dos Santos, é outro produto
que aos poucos tem alcançado o mercado local. A Fábrica
de Processamento de Mel de Abelha, na Ilha do Carneiro, também
no Bailique, vendeu 520 quilos do produto distribuído às
Casas das Carnes, Farmácia do IEPA, Mercado de Produtos da Floresta,
Casa da Homeopatia e consumidores em geral.
A exemplo
da fábrica de camarão, a indústria de mel do Bailique,
também trabalha os mesmos padrões de higiene e qualidade
das demais indústrias instaladas no Distrito. A fábrica
gera 42 empregos. São apicultores de oito das 48 ilhas que integram
o Arquipélago do Bailique: Arraiol, São João Batista,
Buritizal, São Pedro, Mauba, Mupeua, Carneiro e Cubana. É
gente simples que nunca imaginou ver o mel de abelha do Bailique nas prateleiras
dos supermercados, disse Garibalde. O mel do bailique chega no supermercado
ao preço de atacado de R$ 8,00 (um quilo), R$ 5,00 (500 gramas)
e R$ 3,00 (250 gramas). A COMPAB prevê um faturamento bruto, com
a venda do mel de R$ 15 mil na safra de junho a dezembro. A capacidade
anual de produção do mel é de duas toneladas, o equivalente
a 20% de todo mel produzido no Estado. O índice, segundo Antônio
Carlos Lima Júnior, gerente da Imcubadora de empresas/IEPA, está
bem acima da média empresarial do país, onde geralmente
o índice de inserção de mercado dessas empresas oscila
entre 5% a 10%. A validade do mel do Bailique, também conhecido
como Mel da Ilha é de dois anos.
ACEITAÇÃO
- Jomar Magalhães de Freitas, gerente do Supermercado Santa Lúcia,
em Macapá, garante que além do camarão do Bailique,
hoje o estabelecimento tem nas prateleiras o biscoito e o azeite virgem
de castanha-do-brasil, produzido pelos extrativistas da Reserva do Rio
Iratapuru, em Laranjal do Jari. Os produtos são de ótima
qualidade, não há qualquer rejeição. Portanto
vamos continuar comprando tais produtos das cooperativas locais.
Para Ivan Aquino, gerente das Casas das Carnes, também na capital,
a aceitação do consumidor quanto aos produtos do Bailique
é muito boa. Porém o nosso estabelecimnento também
compra o camarão produzido artesanalmente, até porque o
preço mais baixo compensa, observou.
Além
das fábricas de mel e camarão, a Cooperativa Mista dos Produtores
do Bailique, gerencia também as fábricas de processamento
de palmito de açaí, de polpa de açaí e de
pescado. Os produtos das fábricas do Bailique podem ser adquiridos
pelos telefones: 400 7604 (Bailique) ou 225 3433, na Cooperativa
Central dos Produtos da Floresta, situada à rua São José,
1.500, no Centro.
EDY WILSON
SILVA
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Catinga de mulata
Catinga é cheiro ruim, mas "Catinga de mulata"é
cheiro bom, tanto que virou nome de perfume nos idos dos anos cinquenta
Remanso
Ponto onde o rio se alarga, a terra forma uma reentrância e
as águas ficam mais calmas
Bubuia
Aquelas minúsculas bolhas de espuma que se formam na corrente do
rio. Viajar de bubuia é ser levado pelas águas. "De
bubuia, título de canção popular.
Piracema
Época em que cardumes de peixes sobem os rios para a desova
Pedra do rio
Diz a lenda que que são as lágrimas de uma índia
que chorava a perda do amado. É onde está a íagem
de São José, na frente de Macapá.
Macapá
Vem de Macapaba, ou "estância das bacabas".
Bacaba
Fruto de uma palmeira, a bacabeira. O fruto produz um vinho grosso parecido
com o o açai.
Curumim
Menino na linguagem dos índios, expressão adotada pelos
brancos em alguns lugares.
Jurupary
O demônio da floresta tem os olhos de fogo, e quem o vê, de
frente, não volta para contar a história.
Yara
É a mãe d'água. Habita os rios, encanta com a suavidade
da voz, e leva pessoas para o castelo onde mora, no fundo do rio.
Pitiú
Cheiro forte de peixe, boto, cobra, jacaré e
outros animais.
Ilharga
Perto ou em volta de alguma coisa
Jacaré Açu
Jacaré grande.
Jacaré Tinga
Jacaré pequeno
Panema
Pessoa sem sorte, azarada. Rio em peixe.
Sumano
Simplificação da expressão"ei seu mano",que
é usada por quem passa pelo meio do rio para saudar quem se encontra
nas margens
Caruana
Espíritos do bem que habitam as águas e protegem as plantas
os homens e os animais.
Inhaca
Cheiro forte de maresia, de axilas de homem, de peixe ou de mulher
Tucuju
Nação indígena que habitava a margem esquerda do
rio Amazonas, no local onde hoje está localizada a cidade de Macapá.
Montaria
Identifica tanto o cavalo como a canoa pequena, de remo.
Porrudo
Grande, enorme, muito forte ou muito gordo
Boiúna.
Cobra grande, capaz de engolir uma canoa.(Lenda)
Massaranduba
Madeira de lei, pessoa grosseira, mal educada.
Acapu
Madeira preta, gente grossa mal educada.
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