A Cesta Básica Regional da cidade de Macapá custou ao orçamento de uma família composta por até cinco pessoas, o equivalente a R$ 1.068,35. A alta foi de 33,28%, impulsionada, principalmente, pela farinha de mandioca, que subiu no mês passado 42,86% em relação a outubro.
A Cesta Básica Regional traduz os hábitos alimentares dos macapaenses, constando produtos como o camarão salgado, açaí, a goma de tapioca, feijão, charque, entre outros, e itens de higiene pessoal, artigos de limpeza e manutenção do lar.
O índice é mensurado e divulgado mensalmente pela Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Tesouro (Seplan), por meio da Coordenadora de Pesquisas e Estratégias Socioeconômicas e Fiscais (Copesef).
De acordo com a coordenadora da Copesef, Leila Sacramento, a lata do preço da farinha é reflexo do problema de escoamento da produção no estado do Pará, o maior exportador do produto para o Amapá, situação que obriga os atravessadores a cobrar mais caro para fazer chegar o produto a outros mercados.
O Governo do Amapá (GEA), segundo o secretário da Seplan, Juliano Del Castilo, já está tomando medidas para conter a alta desse produto. Entre os incentivos está a pavimentação de ramais para facilitar o escoamento do que é produzido nas comunidades agrícolas, como no Curralinho, à capital.
“Ainda que o Estado não consiga abastecer sozinho o mercado de Macapá, facilitando o escoamento da produção das comunidades produtoras à capital, podemos oferecer concorrência justa com a farinha que vem do Pará. Estamos falando de investimentos de R$ 11 milhões, que beneficiarão mais de 2.200 famílias que vivem da agricultura familiar em todo o Estado”, avalia o secretário.
Os produtos da cesta regional que apresentaram queda nos preços foram: açúcar refinado (3,07%); macarrão comum (0,61%), cenoura (5,67) e o peito bovino, com deflação de 1,89%.
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Júnior Nery/Seplan